
Existem pessoas que entram em nossas vidas de forma imperceptível, elas apenas entram e vão conquistando espaço. A gente começa a fazer trocas de afeto, carinho, favores, provas. Um começa a proteger e a esperar coisas do outro, um vai se tornando mestre, enquanto o outro, motivo de orgulho. A relação vai se fortificando e você chega a acreditar que ela nunca vai acabar, que nada é capaz de abalar tamanho sentimento. Mas ai vem as famosas e velhas tempestades, dessas que com um só sopro derrubam muralhas. Um se enfada com o outro, depois o outro se enfada com o um, e a relação se estraçalha. Você sofre, passa uns dias pelos cantos em busca de uma resposta, em busca de uma voz que te diga que está tudo bem. Depois da tempestade, a gente busca o que restou da raiva, do choro, do susto, da fadiga, e chega a conclusão de que, quem sabe foi melhor assim? Pra que ficar sofrendo? Será que merece mesmo a pena esperar que tudo se concerte? Ai a gente resolve dar tempo ao tempo na esperança de que ele tape o buraco que foi deixado, a final, o tempo tudo cura. Dizemos adeus ao que restou, e seguimos ao som da vida, bailando com o vento uma nova dança onde esse alguém não existe mais.
Izabella Santiago, 17 anos, pernambucana, estudante de letras na UFPE. Leonina típica, super sentimental, amante das artes e doente por viagens. Esse cantinho é uma forma de compartilhar um pouco do que sinto e das coisas que gosto.



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